segunda-feira, 29 de abril de 2024

Portal do José: "VAZOU"! MUSK FOGE DE BOLSONARO E SEUS EXTREMISTAS! CHINA É QUE INTERESSA! BILIONÁRIO NÃO É TROUXA!

 

Do Portal do José:

29/04/24 SEMANA COMEÇA QUENTE. MUITA COISA ACONTECE. NENHUMA DELAS SALVARÁ BOLSONARO. E O ELON MUSK SUMIU. SIGAMOS




Exército comprou maleta espiã ilegal que grava ligações e ativa microfone de celular, especialmente de críticos da extrema-direita bolsonarista

 

Do iclnoticias.com.br:

Governo Bolsonaro monitorou jornalistas, políticos e até ministros do Supremo Tribunal Federal



Por Cézar Feitoza e Thaísa Oliveira

(Folhapress) — O Exército comprou uma maleta espiã que permite interceptar ligações, ativar remotamente o microfone de celulares e bloquear comunicações sem a necessidade de autorização judicial para executar as tarefas.

O sistema de inteligência é chamado de GI2 e é vendido pela Verint (atualmente conhecida como Cognyte) como um complemento ao FirstMile -software espião cujo uso ilegal por integrantes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) é investigado pela Polícia Federal.

Segundo documentos da Verint repassados por um ex-funcionário da empresa à Folha de S.Paulo, a venda casada dos produtos é sugerida a clientes pelo menos desde 2013.

Na época, a empresa usava no lugar do FirstMile outro produto, chamado SkyLock, que possui o mesmo princípio do sistema investigado pela PF – obter acesso à localização aproximada de celulares por meio de brechas nos serviços de telecomunicações.

“Um exemplo disso (uso combinado dos sistemas) é utilizar o SkyLock em conjunto com o ENGAGE GI2 para primeiro identificar a localização de uma célula alvo e, em seguida, usar o GI2 da Verint para identificar a localização precisa desse alvo”, diz trecho do material de divulgação do produto.

O GI2 foi comprado pelo Exército durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, no final de 2018, que era comandada pelo general Walter Braga Netto. A informação foi relatada pelo vendedor da Verint Caio Santos Cruz, em depoimento à Polícia Federal obtido pela Folha.

Santos Cruz disse ainda que o Exército comprou, no mesmo pacote, os sistemas FirstMile, WebAlert e FaceDetect ao custo de cerca de US$ 10,8 milhões (R$ 56 milhões na cotação atual).

Sem explicação do Exército

O Exército afirmou, em nota, que a legislação brasileira a impede de comentar assuntos de inteligência. Procurada, a Abin disse que a informação é sigilosa para “preservar capacidades operacionais”.

Em portfólio apresentado a clientes, a Verint detalha as funcionalidades do GI2. Entre elas, estão “localizar com precisão o alvo usando um dispositivo dedicado de busca sem desativar a capacidade de comunicação do alvo” e “extrair as coordenadas GPS do telefone móvel do alvo em redes GSM e UMTS”.

Outras utilidades do equipamento são “ouvir, ler, editar e redirecionar chamadas e mensagens de texto de entrada e saída”, “ativar remotamente o microfone de um telefone móvel”, “identificar a presença de telefones móveis alvo” e “bloquear comunicações celulares para neutralizar IEDs (Dispositivos Explosivos Improvisados, em inglês)”.

A maleta espiã possui um sistema intricado. Na prática, quando o GI2 é acionado, ele passa a funcionar como uma antena de telecomunicação, e todos os celulares em um raio próximo de 1 km se conectam a ela.

Dessa forma, o operador do GI2 consegue aplicar suas funções contra todos os celulares próximos à região em que se encontra.

Uma função do sistema, porém, permite que o operador da maleta espiã selecione um celular-alvo –e, assim, todos os demais telefones voltam a se conectar com a antena mais próxima.

General Braga Netto estava à frente da intervenção no RJ, em 2018, quando Exército comprou maleta de espionagem. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Após definir o celular-alvo, a maleta consegue extrair os dados e acessar remotamente somente os dados do telefone monitorado, permitindo ao operador ouvir ligações e ativar o microfone do aparelho.

O Parlamento Europeu concluiu em 2023 uma investigação sobre a utilização de softwares espiões entre os países-membros da União Europeia. Parte do documento é destinado a relatar as negociações e suspeitas envolvendo as empresas Verint e Cognyte.

O relatório final do inquérito destaca que a empresa vendeu produtos espiões para governos repressivos, como Mianmar, Azerbaijão, Indonésia e Sudão do Sul. “Neste último caso, o Serviço de Segurança Nacional do Sudão do Sul utilizou equipamento de interceptação da Verint contra ativistas dos direitos humanos e jornalistas entre março de 2015 e fevereiro de 2017.”

O documento ainda diz que a tecnologia GI2, da Verint, foi enviada a uma filial da empresa na Polônia para “fins de demonstração”. “A tecnologia GI2 permite acessar um determinado dispositivo e fazer-se passar pelo proprietário e enviar mensagens falsas através desse dispositivo”, completa.

A reportagem procurou a Verint por ligações, emails e mensagens a funcionários da empresa, mas não teve resposta.

Como funciona a integração de FirstMile e GI2

A Verint Systems é uma empresa israelense que fornece mundialmente serviços e soluções de inteligência para governos e agências. Em 2021, o grupo decidiu desmembrar seu setor de inteligência para a Cognyte Software, que manteve os contratos firmados pela antecessora com diversos órgãos governamentais brasileiros.

Em documentos enviados aos seus clientes, a Verint oferecia a venda dos sistemas SkyLock (antecessor do FirstMile e que fornece o mesmo serviço) e GI2 em conjunto. Na prática, as funcionalidades dos dois produtos são complementares.

O FirstMile utiliza uma brecha no protocolo internacional das telecomunicações, chamado de SS7 (Sistema de Sinalização nº 7), para obter acesso da localização aproximada de celulares.

O protocolo funciona da seguinte maneira: quando alguém liga para o celular de outra pessoa, a rede de telefonia precisa localizar em qual antena de celular cada um dos interlocutores está conectado.

A operadora da pessoa que faz a chamada solicita à operadora de quem recebe a ligação a localização da antena. O protocolo é quase instantâneo, e a conexão entre os dois celulares é estabelecida.

Empresas de inteligência encontraram uma brecha nesse protocolo internacional ao descobrir que nenhuma operadora bloqueava os pedidos de localização — já que são muitas as solicitações feitas a todo momento.

Esses grupos viram que seria possível criar empresas de telecomunicação de fachada para solicitar às operadoras reais a localização de celulares.

O FirstMile foi criado nesse contexto. O operador do sistema consegue incluir o telefone de qualquer pessoa na plataforma e, assim, pode realizar o monitoramento em tempo real do celular.

Toda vez que o telefone entra em contato com a antena de telecomunicação ao receber ligação, SMS, ou atualizar serviço, um registro da localização do celular é feito no sistema do FirstMile.

Segundo relatos de pessoas que conhecem o funcionamento do sistema, é possível ainda realizar outros tipos de consulta, como solicitar os números de telefone conectados a uma determinada antena ou estabelecer critérios para receber notificações sempre que algum celular passar por um local predefinido.

O GI2 se torna útil neste momento. Com a localização da pessoa monitorada, obtida pelo FirstMile, o investigador pode se locomover para perto da região e usar a maleta espiã para escutar as ligações feitas pelo alvo ou mesmo ligar o microfone do aparelho sem deixar rastros.

O produto ainda consegue dar a “localização exata do suspeito para detenção, tornando praticamente impossível para os alvos escaparem, não importa o local em que estejam no mundo” — segundo documento da Verint que sugere a venda conjunta dos sistemas.

O Tribunal de Contas da União (TCU) está investigando o contrato do Exército com a empresa que ofereceu a ferramenta israelense usada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no governo de Jair Bolsonaro (PL), para monitorar jornalistas, políticos e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Firmado com dispensa de licitação, o acordo se deu por meio do escritório de Washington — um mecanismo de compras que é alvo de apuração, segundo o Estadão. A Marinha também tem contratos com a empresa.

 

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ICL Notícias 1ª Edição do dia 29 de abril de 2024

 

Do Canal ICL:




Políticos progressistas brasileiros vão aos EUA para criação de frente mundial pela democracia e contra o fascismo representado por Trump, Bolsonaro, Orbán e outros da extrema direita

 

Parlamentares brasileiros pretendem tratar sobre a importância do Brasil como laboratório do extremismo de direita internacional

Do iclnoticias.com.br


Por Chico Alves

Dois senadores e quatro deputados federais brasileiros desembarcam hoje nos Estados Unidos para encontros com políticos americanos em articulação para criar uma frente internacional em defesa da democracia. O objetivo é se contrapor ao avanço mundial da extrema direita. Na agenda, estão previstas reuniões com vários parlamentares americanos — incluindo Jamie Raskin, deputado democrata que preside a CPI que investiga a invasão do Capitólio — integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OEA, representantes dos movimentos sociais e com o senador Bernie Sanders.

Estão no grupo a senadora Eliziane Gama ( PSD/MA) — que presidiu a CPMI do 8/1 –,  o senador Humberto Costa ( PT/PE) e os deputados- Rogerio Correa ( PT/MG), Rafael Brito ( MDB/AL), Jandira Feghali ( PCdoB/RJ) Pastor Henrique Vieira ( PSOL/ RJ).

“Esta viagem tem por objetivo iniciar uma articulacão mais orgânica entre forças e representações politicas que concordam em fazer o contraponto à articulação da extrema direita em nome dos valores democráticos”, explicou a deputada Jandira Feghali, em entrevista ao ICL Notícias. “Nos Estados Unidos e no Brasil houve duas CPIs para apurar as tentativas de golpe tanto no Capitolio em 06 de janeiro, que nos convida, quanto a que investigou o 8 de janeiro. Vamos começar por este encontro”.

Deputada Jandira Feghali

Deputada Jandira Feghali

Segundo a deputada, a ideia é reforçar a democracia e o respeito aos direitos democráticos. “Isto inclui a regulação das redes”, destaca ela. “Obviamente que esta articulacao enfrentará o movimento que a extrema direita tem feito. A ideia é expandir para países de outros continentes, a comecar pela Europa”.

No contato com esses políticos americanos, os parlamentares brasileiros pretendem tratar sobre a importância do Brasil como laboratório do extremismo de direita internacional. A agenda de encontros vai se estender até o dia 2 de maio.

Jamie Raskin, deputado democrata dos EUA

Jamie Raskin, deputado democrata dos EUA. Foto: Mandel Ngan/AFP

CPI nos EUA

Junto com outros 38 parlamentares da base do governo dos Estados Unidos no Congresso, o deputado Jamie Raskin ajudou a articular em meados de 2022 a carta ao presidente Joe Biden que pediu que ele deixasse  “inequivocamente claro” para Jair Bolsonaro que o Brasil ficará “isolado dos EUA e da comunidade internacional” em caso de “tentativas de subverter o processo eleitoral do país”. Além disso, ele sugeriu que os EUA revissem a proximidade do Brasil com a Otan e a entrada na OCDE se isso ocorresse.

Na CPI do Capitólio, Raskin investigou ligação entre Bolsonaro, Trump, Putin e Orbán, lideranças da extrema direita internacional.

Na semana passada foi aberta na Hungria a Conferência de Ação Política Conservadora, na verdade o encontro de representantes da extrema direita de vários países. No sábado (27), ao lado do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a afirmar que a democracia brasileira está sob ataque e que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e os seus apoiadores estão sofrendo censura, em referência à tentativa de golpe do 8 de janeiro. Na ocasião, o parlamentar também elogiou o dono do X, Elon Musk, que tem feito campanha contra o Suoremo Tribunal Federal do Brasil e o governo Lula.

Articulação internacional da extrema direita

Em uma das agressões dessa onda de ataques, que comprova a articulação internacional dos reacionários, o dono do “X” (antigo Twitter) chamou Moraes de “ditador brutal” e disse que o ministro tem o presidente Lula “na coleira”.

Musk atacou Moraes pela primeira vez no dia 6 de abril e ameaçou reativar os perfis de usuários bloqueados pela Justiça. O bilionário, queridinho da extrema-direita, acusa o ministro de censura e de ameaçar prender funcionários da rede social no Brasil.

Depois, Musk respondeu a publicações feitas pelos deputados federais Marcel van Hattem (Novo–RS) e Nikolas Ferreira (PL–MG). Ao interagir com o parlamentar gaúcho, o bilionário questionou o motivo de o Congresso manter Moraes como ministro.

“Por que é que o parlamento permite a Alexandre o poder de um ditador brutal? Eles foram eleitos, ele não. Jogue-o fora”, escreveu.

 

Leandro Demori no Deserta ICL: EXÉRCITO BOLSONARIZADO COMPROU MALETA QUE GRAVA E USA MICROFONE CELULAR

Mais uma vez, o Exército de extrema direita age contra o povo brasileiro

 Do Canal de Leandro Demori




sábado, 27 de abril de 2024

Portal do José: ENTREGOU! BOLSONARO DANÇA NA PENUMBRA! CID CONFIRMA AO FBI: INELEGÍVEL AGIU COMO LADRÃO! JN NÃO VIU?

 

Do Portal do José:

27/04/24 - NA PENUMBRA BOLSONARO É ENTREGUE POR CID EM EVENTO INÉDITO: PF E FBI JUNTOS AJUDAM A CONFIRMAR AS PROVAS: BOLSONARO FOI UM LADRÃO DE RELÓGIOS! Incrivelmente o JN da Globo não considera isso um fato jornalístico. Isso não importa. O fato é que a fila andou! Extrema direita e Organizações Globo unidas mais uma vez: querem a mamata de não pagamento de impostos. Sigamos.



sexta-feira, 26 de abril de 2024

Persecutório "primeiro ministro" do sistema parlamentarista orçamentário brasileiro, presidente da câmara denuncia Felipe Neto por "injúria"

 

Do ICL Notícias 1º Edição do dia 26 de abril de 2024:




Documento revela ação criminosa e sabotagem em ataques a torres de energia, diz site

 

Foram atacadas 24 instalações elétricas entre 8 de 30 de janeiro de 2023; quatro delas desabaram



Três torres de energia foram derrubadas em um curto espaço de tempo, em Rondônia e no Paraná, entre os dias 8 e 9 de janeiro de 2023, quando Brasília pegava fogo com a invasão e quebradeira geral de uma multidão de golpistas.

O mais grave vem agora: um relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta como causas “ações criminosas” de “sabotagem”, e completa: “não foram registradas condições climáticas adversas que possam ter causado queda das torres”.

Reportagem do jornalista Lúcio de Castro, da Agência Sportlight, revela nesta quinta-feira (25) o teor do documento da Aneel, obtido pelo repórter via Lei de Acesso à Informação. Segundo o texto, o documento afirma que as torres foram derrubadas por “sabotadores profissionais”.

O país ainda estava atônito com os ataques à Praça dos Três Poderes naquele mesmo dia quando a primeira torre caiu, às 21h30, em Cujubim, Rondônia. Em seguida, à 0h13, caiu a segunda torre, em Medianeira, no estado do Paraná. A terceira torre foi sabotada 27 minutos mais tarde, em Rolim de Moura, novamente em Rondônia.

O intervalo entre os três atos criminosos foi de apenas 3h10 minutos, o que mostra uma ação orquestrada por um grupo.

Ataques a torres foram documentados pela Aneel (Reprodução: Sportlight)

Ataques a torres foram documentados pela Aneel. Foto: Sportlight

De acordo com a reportagem, houve ataques a 24 torres entre os dias 8 de 30 de janeiro de 2023, em 14 lugares diferentes espalhados por estados de Rondônia (4 locais), Paraná (4), São Paulo (3), Mato Grosso (1), Piaui (1) e Pará (1).

Quatro foram ao chão — as três do primeiro dia de ataques e uma quarta também em Rondônia. O laudo da Aneel define que houve sabotagem em todos os casos. Diz um trecho da reportagem:

“Ocorreu a repetição sistemática de um conjunto de ações: todos os parafusos da base das torres foram retirados, ficando a torre sem sustentação, possibilitando a queda”.

Além dos parafusos, foram cortados também os cabos de sustentação. Ou seja: houve um modus operandi que se repetiu em cada um dos ataques, revelando a atuação de um grupo organizado e com pessoas treinadas para sabotar as torres.

Documento obtido via Lei de Acesso à Informação traz fotos dos ataques às torres de energia, como essa

Torres derrubadas: caos poderia transferir poder ao Exército, diz servidor

Um servidor em condição de anonimato, envolvido na apuração dos episódios do 8 de janeiro, resumiu assim o caso das torres para a Sportlight:

“É preciso não perder de vista jamais que o caso das torres derrubadas começa no mesmo dia, quase simultaneamente, exatamente horas depois do início dos eventos golpistas de Brasília, ao anoitecer. O que pode ser entendido como parte de um mesmo plano. Dentro desse plano, Brasília já estaria tomada pelos golpistas no executivo, judiciário e legislativo, e problemas em série com a rede de energia trariam de vez o caos ao país. Restaria a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o poder transferido para o exército. E o governo estaria entregue. Hoje sabemos que esse era o plano”.

Ataques a torres de energia não são algo comum. O histórico anual de ocorrências em torres de energia afasta a hipótese do acaso, diz a matéria.

Há suspeita, segundo a reportagem, de participação dos chamados kids pretos, como são conhecidas as forças especias do Exército, que também estão sendo investigados pela possível participação de militares da ativa e da reserva na organização, logística e execução dos atos golpistas de 8 de janeiro.

 

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‘Meu pai é herói do povo, não da Marinha’, diz filho de João Cândido, em resposta ao ridículo militar Olsen

 

Do iclnoticias.com.br:


Por Chico Alves

A declaração do comandante da Marinha, Marcos Olsen, que criticou a proposta de inclusão do nome de João Cândido no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”, foi rebatida pelo filho do Almirante Negro, Adalberto Cândido, 85 anos. A alegação de Olsen é que o líder da Revolta da Chibata, de 1910, seria um “reprovável exemplo de conduta”.

“Isso é racismo, uma declaração lamentável desse almirante que não aceita que meu pai é um herói nacional”, disse Adalberto, conhecido como Candinho, ao ICL Notícias.

“Nós estamos em uma democracia e não em ditadura. A iniciativa é do Congresso, não das Forças Armadas, ele (Olsen) não tem nada com isso. Meu pai é herói do povo, não da Marinha”.

Candinho mora no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Há dois anos, seu pai foi homenageado com um gigantesco grafite na parede externa de casa, obra do artista Cazé e do produtor Pedro Rajão, do projeto Negro Muro.

Desde 2019, o Almirante Negro está no “Livro de Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro” por ter se rebelado contra as chibatadas e outros castigos físicos que os oficiais naquela época impunham aos marinheiros subalternos.

“São 113 anos da Revolta da Chibata e eles agem como se continuássemos na escravidão”, avalia o filho de João Cândido. “Eles deveriam agradecer aos marinheiros de 1910 pela Marinha ser o que é atualmente. Ou queriam que a chibata continuasse até hoje?”.

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João Cândido, o Almirante Negro

João Cândido foi preso

Ele recorda que ao fim da revolta, seu pai foi preso, levado para a masmorra e ficou até em manicômio. Acabou indo morar no município pobre de São João de Meriti, onde viveu seus últimos dias e local em que reside a família.

Na nota que escreveu contra a concessão do status de herói da pátria a João Cândido, o comandante da Marinha chamou os marinheiros envolvidos na revolta  de abjetos, classificando o episódio de vergonhoso e deplorável.

“Aponto, por conseguinte, que incluir, no ‘Livro de Heróis da Pátria’, João Cândido Felisberto ou qualquer outro participante daquela deplorável página da história nacional […] seria o mesmo que transmitir à sociedade, em particular, aos militares de hoje, que é lícito recorrer às armas que lhes foram confiadas para reivindicar suposto direito individual ou de classe.”

“Se o Congresso aprovar vai para sanção do presidente Lula, esse não é um assunto da Marinha”, destaca Candinho.

Apesar das críticas do almirante Olsen, o heroísmo de João Cândido é reconhecido em livros, filmes, peças teatrais e músicas, como a genial “Mestre Sala dos Mares”, de autoria de João Bosco e Aldir Blanc. Veja o vídeo da canção abaixo, na interpretação de João Bosco e Chico Buarque:

 



Leandro Demori, no Desperta ICL: DOCUMENTO PROVA QUE CRIMINOSOS GOLPISTAS BOLSONARISTAS DERRUBARAM TORRES DE ENERGIA NO 8 DE JANEIRO

 

Do Canal de Leandro Demori: